domingo, 26 de setembro de 2010

Educação: Como mudar?

  • Andrew Diniz e Jhony Rodrigues


Os medidores do ENEM nos revelaram dados preocupantes, o ensino do estado do Rio de Janeiro teve uma das piores colocações no exame. Há quem diga que as escolas e professores não são os culpados e jogam a responsabilidade para a falta de comprometimento dos alunos. Nossa equipe procurou o movimento estudantil de Piabetá para saber o que pensam os jovens em relação aos estudos e a seus direitos.
Conversamos com Mauricio Junior, presidente do Movimento Estudantil Livre (MEL), para descobrimos o que vem acontecendo com os estudantes.

Foca Entrevista: Em que consiste o Movimento Estudantil Livre?
Mauricio Junior: Na formação e participação de um grupo de pessoas, não só estudantes, que acreditam que com a mobilização e projetos de médio e longo prazo podemos ajudar na melhoria de problemas enfrentados pelos estudantes.

F. E.: Quando foi fundado e que motivo te levou a fundar o MEL?
M. J.: Foi fundado no dia 10 de junho de 2006, fundei porque percebia através de comentários de estudantes que o 6º distrito (Piabetá) já devia contar com uma faculdade pública, porém como não vi nenhuma ação concreta para uma conquista, neste sentido, resolvi fundar o MEL com este objetivo.

F. E.: Sabemos que a maioria dos jovens estudantes não se interessa por seus direitos. Como você pretende conscientizar os estudantes da importância da educação e do conhecimento dos seus direitos ?
M. J.: Acredito que a informação sobre nossos direitos é  peça chave neste processo de conscientização, temos como base a constituição que diz que o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, se começarmos a conscientização em cima da constituição que guarda nossos direitos e deveres já será um passo positivo neste sentido.

F. E.: Que fatores você acredita que geraram esse desinteresse, pelo estudo e pelos direitos, nos jovens?
M. J.: Uma série de fatores. A começar pelo bombardeamento que mídia exerce sobre nossos jovens; a eles não interessa que os jovens descubram seus potenciais, seus direitos, sua capacidade. Afinal querem mantê-los escravos para a manutenção de suas inúmeras fortunas, nos querem para servi-los como grande massa de manobra.

F. E.: Como você está fazendo para levar os ideais  do movimento aos estudantes e quais dificuldades está tendo?
M. J.: Criamos a cerca de um ano o departamento de comunicação e nesta pasta foi criada a radio.com web radio. A idéia é aproximar os jovens do nosso projeto, já que hoje a internet é a mídia preferida da maioria esmagadora dos jovens, e, até aqui, tem nos dado um bom retorno no sentido de propagação do projeto “Piabetá faculdade já!”.
Hoje, nossa maior dificuldade é a falta de apoio financeiro de empresas para alavancar ainda mais o projeto.

F. E.: Você tem alguma mensagem que gostaria de transmitir aos jovem?
M. J.: Temos algo muito importante a fazer na vida, somos parte das soluções dos problemas mais graves que destroem nossa sociedade, precisamos assumir nosso papel, precisamos cobrar mais, e nos conscientizar que a mudança só começa de verdade quando mudamos nós mesmos. Mudar é permitir que a omissão outrora se transforme em coragem para acertar, é nisso que eu acredito e por isso decidi sair da omissão sem razão.

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